FIGHTING ARMINDA

INSTALAÇÃO

A performance foca-se num acontecimento que teve lugar em França durante a primeira guerra mundial, entre as tropas portuguesas e as alemãs durante o combate nas trincheiras.

A história está documentada no Museu Militar de Lisboa e narra a humilhação infligida pelos soldados alemães aos portugueses. Os soldados Portugueses morriam de frio nas trincheiras e exigiram ao governo português uma solução.  O governo enviou não fardas mais quentes mas os trajes dos pastores alentejanos usados no inverno, o “Pelico e os Safões“.

Os soldados vestiram os trajes rústicos dos pastores e durante largas horas os soldados alemães permaneceram em silêncio, seria uma nova “arma”? até que um deles imitou o som de uma ovelha a balir e os restantes desataram a rir. A partir daí nas trincheiras ouviram-se balidos alemães como troça.

Fighting Arminda envolveu a estadia de diversas ovelhas numa cerca no jardim do Goethe Institut, em frente às amplas janelas da biblioteca. Por questões praticas – as ovelhas não sabem descer escadas, elas não puderam atravessar o edifício até ao jardim e a República Federal da Alemanha teve que dar autorização à entrada das ovelhas pela sua embaixada, nas primeiras horas da manhã, abrindo excepcionalmente os portões que separam a embaixada do instituto alemão, num procedimento muito irregular.

Para contar a história, o Museu Militar emprestou o manequim evocativo do soldado português vestido como os pastores alentejanos que foi colocado à entrada do Goethe Institut, complementar à sua mensagem de boas vindas em Portugal.

 

Goethe Institut

Artist residency in Goethe Institut, Lisbon

Exposição:
ARMINDA
em colaboração com Jurgen Bock